Nossa coluna é um orgão dinâmico que a todo momento está suportando o nosso corpo, esse peso que ela suporta advém da força que a gravidade impõe sobre nossa massa corporal. Com isso concluimos que a forma como nos posicionamos influencia, e muito, a carga que nossa coluna terá que suportar para que a gente se mantenha em uma posição desejada, isso ao longo do tempo, se não respeitado, irá ocasionar dores e alterações degenerativas importantes. Vejamos o quadro explicativo abaixo.
Veja a diferença entre o rapaz sentado curvado e o rapaz ereto. No rapaz com uma postura curvada, a coluna e toda a sua musculatura, precisa suportar a tendência que o corpo têm em cair para frente, sendo necessário um uso absurdo da musculatura da região da lombar, dorso e cíntura escapular, músculos da região do trapézio e ombro. Já na segunda imagem, o indivíduo em posição correta, com a coluna reta, e a região lombar devidamente apoiada, não será necessário nenhum esforço a mais para se manter nesta posição, não levando a quadros de dor ou degeneração precoce de algum segmento da coluna, pois todo o peso está sendo distribuido de forma uniforme. O mesmo acontece quando estamos caminhando, indivíduos com uma postura mais anteriorizada vão tender a cair para frente, para que isso não ocorra, toda a musculatura da região posterior do corpo precisa funcionar como uma ancoragem e trabalhar para que o indivíduo simplismente não caia para frente devido a efeito da gravidade. Éssa força necessária pode ocasionar dor, em toda região do dorso, principalmente na região lombar. Vejamos abaixo o impacto da gravidade na região cervical e o peso que nosso crânio adquire conforme nos curvamos.
Observe como o uso do celular de forma acentuada pode interferir no peso que a sua cabeça, simplismente pelo fato de curvar de forma acentuada e duradoura a cabeça para frente. Isso é clássico dos indivíduos que utilizamos celular diariamente e em grande quantidade, e de pessoas que trabalham utilizando telas de computador em posição incorreta. Esses paciente iram desenvolver dor na região cervical e trapézio, o clássico “Sinto um peso no meu pescoço e ombros”, referindo até dor de cabeça e as vezes também dor referida nos membros superiores. Simulando uma hérnia de disco cervical.
Com essas imagens podemos ver como nós devemos nos preocupar com questões simples, como a posição que caminhamos ou trabalhamos, e como isso pode ter um impacto significativo no nosso dia a dia. O neurocirurgião especialista em cirurgia da coluna tem o papel de investigar criteriozamente os achados que o paciente relata e identificar os possíveis fatores de risco, e sinasi de alarme que o paciente apresenta, sabemos que mais de 80% das queixas são musculares, mas devemos ficar alerta aos achados que levantam a suspeita de algo mais sério, como hérnias de disco, estenose do canal vetrtebral, mielopatia entre outros. Queixas como perda de força, dificuldade para caminhar, levantar ou subir escadas sãoindicativos desses problemas mais sérios, e levam a necessidade de realização de exames de imagem, para correta investigação.
O paciente não apresentando nenhum sinal de alarme, não necessáriamente necessita de realizar exames de imagem. O tratamento destes pacientes está centrado em mudanças no estilo de vida, postura, alongamentos, fortalecimento da musculatura e, quando necessário, utilização de anti inflamatórios ou relaxantes muscular, mas por curtos períodos. Como terapias complementares, utilizamos fisioterapia, pilates, massoterapia, acupuntura e atividades em piscina como natação e hidroginástica.
Fique atento, casos de dor contínua e sem diagnóstico, busque sempre um profissional habilitado, e realize uma investigação adequada.
